TRABALHADORES DAS CORTICEIRAS DE LOUROSA EM GREVE E DESESPERADOS.

Com dois salários em atraso e a caminho do terceiro, os trabalhadores das indústrias corticeiras de Lourosa estão em greve há 15 dias e começam a desesperar com o incumprimento do contrato estabelecido com as duas fábricas de Valdemar Lima.

Alírio Martins, dirigente do Sindicato dos Corticeiros do Norte, diz que as palavras dos elementos da administração da ICL – Industria Corticeira de Lourosa e da ICAL – Indústria Corticeira Aglomerada de Lourosa "já não tem credibilidade" e alerta para a falta de paciência dos trabalhadores.

“Por parte da administração, assumiram em papel aquilo que não cumpriram, não só com os trabalhadores, o compromisso foi assumido em frente do Sindicato e da própria Autoridade das Condições de Trabalho, o que quer dizer que estamos a falar de uma entidade patronal que já não merece credibilidade na palavra em lado nenhum". Os trabalhadores "já sentiram isso e estão a ficar indignados ao ponto de quererem ir para a porta de alguns familiares. Estamos a falar de Valdemar Lima, que também tem residência na cidade de Lourosa, embora ultimamente viva em Espinho e eles querem já saltar para o jardim da casa. Temo-los segurado enquanto podemos mas nada os impede que possam tomar posições mais gravosas, aquelas que ninguém toma, mas há pessoas com muitas dificuldades. Se a entidade patronal não quer pagar então que o diga para as pessoas poderem rescindir e seguir com a sua vida”, refere o dirigente sindical.

Há duas noites atrás "os trabalhadores estiveram em vigília à porta de casa do administrador, em Espinho, a exigirem o pagamento dos salários em atraso".


Diário de Aveiro



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