"CAÇA" AO JAQUINZINHO CONTESTADA POR PESCADORES DA ARTE XÁVEGA.

São quase diárias as notícias de apreensões de peixe imaturo, durante o Verão, quando a procura é maior.

Autoridades e homens do mar envolvem-se num autêntico jogo do gato e do rato junto à costa. As campanhas da Arte Xávega juntaram-se e no final queixaram-se de exagero na protecção de recursos, agora que está em vigor uma nova redução do tamanho mínimo.

A Arte Xávega, um tipo de pesca de arrasto feito “à cega”, por não ser possível escolher o que vem na rede, é das mais penalizadas. Em terra, grande parte do pescado com menos de 15 centímetros, normalmente carapau conhecido como jaquinzinho, torna-se proibido, por razões de protecção de recursos que os arrais das campanhas garantem não ter razão de ser actualmente. "A quantidade de peixe, ao largo da costa, actualmente, acontecendo isto de vinte em vinte anos, serão provavelmente 800 milhões de toneladas de carapau, é tanto peixe que não vai crescer devido à falta de alimento", disse José Vieira, arrais na praia de Mira.

Os pescadores das 18 campanhas em actividade na costa ocidental, pedem tolerância maior mas viram as regras ficar ainda mais apertadas, o que motiva grande descontentamento. "Dez por cento de peixe tem de ter uma medida de 12 a 15 centímetros, agora foi alterado para cinco toneladas permitidas, mas, pode ser uma quota que não está definida, pode ser cinco quilos em cem, cinco em cinco mil, ou cinco mil toneladas em quinhentas mil". E assim, o jaquinzinho da nossa costa, muitas vezes, sai do mercado ilegalmente. Mas também é possível encontrar no supermercado, importado de Espanha. A arte xávega mobiliza-se para dar conta das preocupações junto do poder político, pelo que vai ser pedido um encontro com Deputados dos Distrito de Aveiro, Coimbra e Leiria.


Diário de Aveiro


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