A Câmara Municipal de Ílhavo prepara-se para pedir 10 milhões de euros à linha de financiamento de mil milhões de euros, acordada entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), para o pagamento de dívidas de curto prazo. A divida actual do município rondará os 26 milhões de euros. Na última emissão do programa de debate político "Discurso Directo", na Terra Nova, os representantes dos partidos políticos locais abordaram esta questão. José Vaz do PS, teceu criticas à gestão financeira da autarquia. "A gestão da Câmara não é espectacular, fenomenal, fora do comum, melhor tem sido a gestão nas Câmaras de Ovar, Mealhada e Albergaria, que não tem problemas como a de Ílhavo, conseguiram, em Ílhavo, tapar os olhos aos munícipes, durante todos estes anos, com obras importantes, revolucionárias, mas, chegámos a este ponto de endividamento total, a viver de fundos comunitários e à custa do crédito dos fornecedores", acusou. José Alberto Loureiro do PCP, mostrou preocupação relativamente ao "agravamento das condições financeiras do munícipes". "Quem e como se vai pagar a dívida da Câmara de Ílhavo", questionou. "Ainda ninguém explicou a ninguém como e quanto se vai pagar, vão pedir mais dinheiro quando, há pouco tempo, pediram sete milhões para pagar aos fornecedores, mas, afinal, a dívida continua aí, não vale a pena, como é que esta Câmara se vai governar", perguntou. Eduardo Conde do PSD, abordou a questão do "financiamento" da Câmara de Ílhavo. "É necessário para repor justiça num enquadramento politico e financeiro que mudou", disse. "A Câmara não está falida, este financiamento visa substituir a dívida a fornecedores numa a médio e longo prazo", referiu. Diário de Aveiro |