O movimento “Caixa das Artes JÁ!” diz que o projecto de oito milhões de euros para apoio às artes de rua está em “risco” e “atrasado”, mas a autarquia da Feira pretende “poupar quatro milhões” adequando-o ao Europarque.
No comunicado divulgado esta semana por Bruno Costa, do referido movimento de cidadãos, pode ler-se: “Santa Maria da Feira corre o risco de perder um investimento de oito milhões de euros, com financiamento europeu aprovado e em fase de concurso público, por mais uma de várias indefinições políticas. (…) Não poderemos aceitar novas alterações ao projeto e consequentes atrasos, sem qualquer justificação pertinente e válida - (…) a sustentabilidade do Europarque não será assegurada pela Caixa das Artes, que, por seu turno, sairá prejudicada”.
Emídio Sousa, vice-presidente da Câmara Municipal da Feira, explicou à Lusa que a hipótese equacionada é a de substituir a construção de raiz do Pólo 2 da Caixa das Artes, vocacionado para a exibição de espectáculos, pela instalação dessa estrutura no centro de congressos Europarque, ajudando assim a viabilizar o espaço pelo qual o Estado “teve recentemente que pagar a primeira tranche de um total de 32 milhões de euros”.
“Não está em risco nenhuma parte dos fundos comunitários atribuídos ao projecto”, garantiu o autarca, que tem já contrato de financiamento assinado para 80 por cento dos 8,4 milhões de euros necessários à construção da Caixa das Artes. “O que se passa é que, se o Europarque agora está na esfera do Estado e tem que continuar a funcionar por ser uma mais-valia para a região e para o país, deve ser viabilizado em termos de sustentabilidade económica e esta é uma forma de o fazermos”.
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