O Diário de Aveiro esteve ontem no Hospital Infante D. Pedro e começou logo por notar que o parque de estacionamento, que normalmente não chega para a procura, tinha mais de metade dos lugares vagos.
No segundo dia da greve decretada pelos médicos, as salas de espera da unidade aveirense estavam praticamente irreconhecíveis, com muitos dos utentes a optarem por ficar em casa, perante a possibilidade de não serem atendidos.
Não foi possível apurar quantos médicos estavam ao serviço, mas talvez se tenham realizado cerca de uma dúzia de consultas quando a média, “em dias normais”, ronda as duas centenas.
Pelas 11.30 horas, na sala de espera no Serviço de Admissão de Doentes para as consultas está sentada uma senhora idosa. Mas há quem garanta que a tranquilidade do final da manhã contrasta com o que se passou ao princípio da manhã em que a resposta mais dada pelo pessoal administrativo aos doentes foi: “O médico não está. Vai agora receber uma cartinha em casa com a data da nova consulta”. Ao balcão confirmam que há “uma minoria de médicos” a trabalhar, mas que também muitos doentes optaram por faltar à consulta, sabendo o que iam encontrar.
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