Raul Martins adverte a Câmara de Aveiro para os efeitos da extinção da empresa Estádio Municipal ao nível da fiscalidade. O deputado do PS falava na última sessão da Assembleia Municipal sobre alegadas informações que terá no âmbito deste tipo de operação. Alguns meses depois da decisão de acabar com a EMA, o deputado avisa a autarquia para os riscos da operação.
“Pelo que me contaram, e quem falou sabe da poda, a forma como estão a tentar acabar com aquilo vai criar um estoiro para a Câmara que anda tudo de lado, no que diz respeito ao pagamento de impostos. Se der, e oxalá que não dê e esteja tudo acautelado, cá estarei para, pessoalmente, o responsabilizar civil e criminalmente. Principalmente se atingir os valores que me dizem que pode atingir uma situação desse tipo, se não for bem acautelada”.
O vereador Pedro Ferreira garante que foram tomadas cautelas e lembra que a extinção é feita de acordo com o plano votado em Assembleia Municipal. “O Dr. Raul Martins, mais uma vez, ausentou-se depois de ter dado meia-dúzia de notas, uma que ele perceberá, outras que ninguém percebe, nem mesmo ele. Mas há uma que ninguém percebeu e que tem a ver com esta questão da extinção da EMA. As condições da extinção da EMA foram aprovadas nesta Assembleia Municipal e, portanto, serão respeitadas integralmente. Porque é isso que nós temos a obrigação de fazer”.
Pedro Ferreira falou, ainda, sobre a concessão do estádio ao Beira-Mar para dizer que autarquia e clube continuam a procurar entendimento. “Em relação ao Beira-Mar, temos vindo a dialogar no sentido de resolver as questões pendentes e conseguir, dentro daquilo que foi a deliberação da Assembleia, encontrar solução para que, de facto, o Beira-Mar possa gerir o estádio e a Câmara possa ter aí um parceiro para o futuro”.
Informação trazidas a público na última sessão da Assembleia Municipal de Aveiro. Diário de Aveiro |