Élio Maia assume-se como o presidente da “comissão liquidatária de uma governação que deixou dívidas para muitas gerações pagarem”, escreve na sua comunicação escrita à Assembleia Municipal de Aveiro, dirigindo-se, embora sem o mencionar, aos dois mandatos socialistas na Câmara de Aveiro, liderados por Alberto Souto.
Mas a situação difícil da autarquia de Aveiro, com 141.960.668,12 euros de dívida, contabilizada em 31 de Maio último, embora tenha conseguido reduzi-la em 4 milhões de euros nos últimos dois meses, acaba por ser agravada pela Lei dos Compromissos (Lei 8/2012), que o líder da autarquia diz ter chegado ao município de Aveiro “atrasada muitos anos”.
A Lei dos Compromissos transforma, segundo o autarca, “o que é uma governação política na comissão liquidatária de uma governação que deixou dívidas para muitas gerações pagarem”. Segundo Élio Maia, “durante anos, o nosso Município assumiu compromissos que não podia honrar (de novo em mencionar Alberto Souto) ” e “com esta Lei, o poder central quer corrigir, em meses, o despautério que se verificou durante anos com a realização de obras e com despesas em atividades que não tinham qualquer efeito multiplicador”.
Élio Maia recusa “o absolutismo desta Lei que não atende à especificidade dos Municípios endividados, porque fomos eleitos para cumprir um programa de governação e, com esse cumprimento, oferecer à comunidade aveirense o presente e o futuro que merece”.
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