José Guedes, o homem que está, actualmente, detido no Estabelecimento Prisional de Aveiro por, alegadamente, ter estrangulado uma jovem prostituta, em Cacia, deverá começar a ser julgado após as férias judiciais.
Antes disso, e já no próximo dia 11, o Tribunal de Aveiro iniciará o processo de selecção dos jurados para este processo, já que o Ministério Público (MP) requerera um julgamento com tribunal de júri.
Numa primeira fase, serão escolhidas cem pessoas, seleccionadas de forma aleatória nos cadernos eleitorais do concelho de Aveiro, onde terá decorrido o crime. Posteriormente, será feito um sorteio para escolher 18 cidadãos e, deste grupo, o presidente do colectivo de juízes escolhe oito, quatro deles para efectivos e outros quatro para suplentes do tribunal de júri.
Calcula-se, assim, que o caso comece a ser julgado após as férias judiciais de Verão, possivelmente durante o mês de Setembro.
Em Maio, dois dias antes de terminar o prazo da prisão preventiva, o MP deduziu acusação contra o homem mais conhecido por “Estripador de Lisboa”, imputando-lhe a autoria de um crime de homicídio qualificado.
Segundo o documento, consultado pelo Diário de Aveiro, em meados de Janeiro do ano 2000, Filipa Ferreira terá sido abordada por um homem que mostrou vontade de manter, com ela, relações sexuais mediante pagamento.
Numa casa em construção situada na Rua dos Poisios, Póvoa do Paço, aconteceu aquilo que parecia ser o crime perfeito. “Aproveitando tal isolamento”, com um objecto que fere por esmagamento, o MP acredita que José Guedes desferiu vários golpes na cabeça da jovem e apertou-lhe o pescoço até esta perder os sinais vitais. Em seguida, despiu-a da cinta para baixo e colocou o cadáver numa posição “crucificada”, com os pés cruzados e braços abertos.
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