A pesca longínqua "continua a ter presente e futuro". Posição assumida pelo capitão Valdemar Aveiro, um dos administradores da empresa São Jacinto, uma unidade empresarial dedicada à Pesca Longínqua, que, nos últimos anos reduziu a frota de seis para três navios de pesca. Ao lado do Presidente do Conselho de Administração, Luís Vaz Pais, o antigo capitão da pesca do bacalhau, fala de uma indústria que sobrevive também da compra de quotas e que alimenta outras actividades. "Já tivemos mais navios do os que temos agora, temos só três administradores para tratar de tudo, não tenho dúvidas que continuaremos a contribuir para a economia da pesca, continuaremos a luta com profissionalismo, apesar da forte crise", disse, no programa "Conversas". Depois dos livros “80 graus Norte” e "Histórias Desconhecidas dos Grandes Trabalhadores do Mar", prepara o lançamento de uma nova obra. Nesse livro vai ter espaço dedicado a dois armadores. Vaz Pais e Egas Salgueiro, dois homens para quem trabalhou ao longo da vida. "Escrevi sobre dois grandes homens, é difícil e ingrato escrever sobre duas figuras identificadas, que todos conhecem, corri esse risco, o que escrevi pode motivar discordância, mas, escrevo o que sinto, não minto e sobre Egas Salgueiro que já desapareceu, não tenho nada a ganhar com as maravilhas que digo dele, apenas faço justiça a homens a quem o Distrito muito deve", referiu. Valdemar Aveiro, nasceu em 1934, em Ílhavo, no seio de uma família de pescadores. Já com o curso de Pilotagem da Escola Náutica, assumiu em 1970 o comando do mais velho arrastão português, Santa Joana e dois anos depois, o do navio Coimbra (na foto) que hoje ajuda a preparar par a faina. Diário de Aveiro |