Mais de 12 mil hectares de terrenos agrícolas aguardam a decisão política do Governo de concluir o dique do Baixo Vouga, para os proteger da invasão da água salgada.
A Assembleia da República aprovou por unanimidade, em Janeiro, duas resoluções - uma do PSD e outra do CDS-PP -, no sentido de serem reafectadas verbas comunitárias para acabar o dique, apenas construído em quatro quilómetros, pelo que a água salgada continua a invadir os campos, tornando-os improdutivos.
Prestes a expirar a Declaração de Impacte Ambiental, emitida em 2002 e que caduca em 2013, os autarcas do Baixo Vouga estão preocupados com a situação e vão pedir uma audiência à ministra da Agricultura, Assunção Cristas, e agendaram a discussão do assunto para a próxima reunião da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA).
José Eduardo Matos, presidente da Câmara de Estarreja, município onde se situa a maior área abrangida pelo projeto hidroagrícola do Baixo Vouga, disse à agência Lusa que pode ser pedida a prorrogação da Declaração de Impacte Ambiental, mas as informações recebidas na passada terça-feira, numa reunião com a Direção Regional de Agricultura, em Castelo Branco, “não são animadoras”.
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