A pouco metros do centro urbano de Aveiro, entre a Ponte de S. João e a antiga lota de Aveiro, há um mundo à parte, onde os prazeres sexuais são satisfeitos sem qualquer higiene, ao ar livre, no chão, sobre um colchão, uma ou duas almofadas ou um tapete, numa zona quase abandonada, para onde são atirados preservativos e toalhetes usados.
A vegetação é densa, mas não esconde o que se passa por ali. Há vários caminhos abertos na vegetação, que servem de passagem e onde se abrem espécies de clareiras que terminam em espaços conspurcados. Nesses acessos, e ao longo das vias de terra batida, há preservativos e toalhetes à vista, a defecar, produto de relações sexuais.
Ao longo do Cais das Pirâmides, a zona também é frequentada por turistas, grupos de crianças, que se podem cruzar com prostitutas que também se encontram ao longo do cais, além da zona do Rossio.
De dia ou de noite, aquele espaço é escolhido para manter relações sexuais a troco de dinheiro. Por isso, quem andar pela zona e não tenha nada a ver com aquela actividade pode observar cenas de que não espera. Esta zona quase abandonada, sem passeios, onde passam turistas e crianças, além da circulação de outras pessoas, onde em Novembro do ano passado foi encontrada uma prostituta esfaqueada, que acabou por falecer, é uma área privada, propriedade da Administração do Porto de Aveiro (APA).
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