Chocante. É esta a palavra que a Câmara Municipal de S. João da Madeira utiliza para classificar o estado em que uma família deixou a habitação social que ocupou durante 20 anos, situada naquela cidade.
Agora, perante os diversos danos materiais que cinco pessoas provocaram na casa, a autarquia exige que seja o antigo inquilino a pagar as obras de reparação. O processo corre já no tribunal local.
Foi com espanto que a empresa municipal Habitar S. João constatou que o apartamento, de 90 m2, que foi entregue à família na década de 90, se encontrava num “avançado estado de degradação”. Após a saída do agregado familiar, que sucedeu recentemente, foi, no mínimo, surpreendente o que se encontrou. Percorrendo-se os compartimentos da residência, localizada na Rua do Poder Local, é possível verificar-se que, para além da falta de higiene (acumulação de lixo), nem sequer as portas permaneceram intactas. Algumas portas interiores e de armários haviam sido arrancadas, bem como os tacos de madeira do chão. As tomadas e os interruptores não funcionavam e uma sanita encontra-se ainda em paradeiro desconhecido.
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