Se a lógica, no futebol, não fosse uma batata, o Estarreja, já campeão e vencedor da Taça Distrito de Aveiro, iria erguer, ontem, o terceiro troféu esta época. Mas, como nem sempre os favoritos ganham (os exemplos são tantos que seria despiciendo enumerá-los), a expectativa sobre este jogo era alguma, já que nada impediria que uma surpresa pudesse acontecer. E, como se tratava de uma final, então essa possibilidade ganhava contornos mais nítidos.
Estas naturais e normais conjecturas sobre quem seria o vencedor deixaram, porém, desde muito cedo de fazer sentido. Primeiro, porque logo aos três minutos Carela fugiu pela direita e rematou cruzado, fora do alcance de Paulo. Apenas sete minutos depois, um desentendimento entre o central Luís Laçal e o seu guarda-redes fez com que a bola sobrasse para Bonfim. O avançado preparava-se para marcar, mas foi puxado, dentro da área. Grande penalidade indiscutível que o mesmo Bonfim transformou. Para acabar com qualquer possível “surpresa” sobre quem seria o vencedor, o central Luís Laçal, autor do puxão que originou o castigo máximo, viu o cartão vermelho directo, e, antes do quarto de hora de jogo, Luís Rocha foi também expulso, por alegada cotovelada, sem bola, a Rui Pinho.
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