O debate do regulamento de concessão de benefícios públicos foi mote para críticas à política cultural do município que não se faz apenas com o dinheiro, ainda que escasso e pago com atraso, alertou Ivar Corceiro, do Bloco de Esquerda.
"Foi dito que no ano de 2011 porque a Câmara queria fazer um novo regulamento não aprovou nenhum apoio. Mas a política cultural não pode estar refém de nenhuma exigência burocrática, e esteve. Nem de amiguismos, e esteve. Se estiver, é porque o poder político não percebe sequer, o que significa uma sociedade culturalmente viva".
Para Paulo Marques, do CDS, é chegada a hora de separar as águas, entenda-se, as coletividades que merecem ser ajudadas. "Este regulamento é necessário acima de tudo porque estão em causa dinheiros públicos e tem que se perceber se há razão de ser para a existência de certas associações".
O apoio financeiro, lembrou o socialista Francisco Picado, nem é o mais importante. "Muitas destas associações, muitas vezes, não necessitam, em primeira instância, de apoio financeiro. Necessitam de apoio logístico e organizativo. Essa é uma questão que eu não vejo aqui suficientemente contemplada em termos de substância".
O regulamento veio pôr a casa em ordem, defendeu Manuel António Coimbra, do PSD. "Foi criado por esta Câmara Municipal para fazer face a uma desorganização muito grande e, mais do que desorganização, arbitrariedade na concessão de subsídios".
A proposta passou com os votos da maioria PSD/CDS, na Assembleia Municipal, que também deu luz verde ao regulamento da distinções honoríficas. Diário de Aveiro |