O Sindicato dos Trabalhadores do Porto de Aveiro (STPA) esclareceu, hoje, ao final da tarde, na Terra Nova, que no âmbito do processo de viabilização da Empresa de Trabalho Portuário (ETP), chegou, em Assembleia Geral Extraordinária, a acordo com dez estivadores, para que deixem de exercer funções na área portuária, sendo, por isso, indemnizados. "Não houve nenhum despedimento, não se pretende nenhuma medida unilateral agressiva, seria contra-natura que uma estrutura sindical financiasse despedimentos", disse Eduardo Marques, Presidente do Sindicato. "É verdade que existe um financiamento da nossa parte, um propósito que consta do Plano de Insolvência entregue pela Administradora Judicial e que revela que nos gastos com pessoal e relativamente à revogação por mutuo acordo do contrato de trabalho, com dez trabalhadores, é possível uma redução anual de 343 mil euros sendo o montante das indemnizações de 435 mil euros, sendo este valor financiado pelo STPA", disse. A proposta faz parte do Plano de Insolvência elaborado pela Administradora Judicial que deverá ser discutido na próxima Assembleia de Credores que será agendada pelo Tribunal de Comércio da Comarca do Baixo Vouga. O STPA estará em condições de disponibilizar 435 mil euros para assegurar o pagamento de indemnizações com a revogação dos contratos. "Nunca admitimos o despedimento de ninguém, estamos a trabalhar na recuperação da ETP, com a Administradora Judicial e o projecto prevê a manutenção dos postos de trabalho de toda a gente, com a excepção destes dez trabalhadores que chegaram a acordo com a ETP, por determinados valores financeiros, é em mutuo acordo", assegurou o sindicalista. Diário de Aveiro |