PARTIDOS TEMEM PELO FUTURO DA MOVE AVEIRO E DIZEM QUE RECEITAS DO ESTACIONAMENTO FAZEM FALTA.

Preocupação pelo futuro da Move Aveiro. Ontem foram conhecidas coimas passadas pela Capitania ao ferry da empresa municipal de mobilidade e nos últimos dias discutiram-se as datas de pagamento de salários. Para João Dias, do BE, a recente notícia sobre a concessão dos parques de estacionamento faz aumentar os receios sobre o futuro da empresa que vai alienar o único setor lucrativo.

“O que isto faz ao serviço de mobilidade em Aveiro? Se nós estamos a tirar o único setor que contrabalançava as contas da MoveAveiro, o que é que nós estamos a fazer à empresa de mobilidade? Estamos a condená-la ao fracasso ainda maior. Ela já é um fracasso. Agora imagine se se tirar o único setor superavitário dessa empresa”.

Filipe Guerra, do PCP, acompanha a crítica. Considera que a empresa caminha para o fim. “Primeiro, a situação desgraçada em que se encontra neste momento a MoveAveiro, que é um empresa que está, perfeitamente, a ser destruída e os seus trabalhadores a ser maltratados, refiro-me, nomeadamente, a mais um atraso no pagamento dos seus salários, este mês. E a verdade é esta. Não se entende como é que uma empresa central em qualquer plano ou ideia de mobilidade que se possa ter para o concelho, é deixada a um estado de perfeito abandono.

Eduardo Feio, do PS, diz que o executivo continua sem revelar qual a ideia que tem para o futuro dos transportes. “Na prática, o que nós estamos a repetir hoje, é mais uma tentativa desesperada de mais uma vez tentarmos tirar alguma obra com uma solução que vai hipotecar em definitivo uma empresa de mobilidade que existe em Aveiro e hipotecar aquele que deve ser o serviço público de mobilidade da cidade de Aveiro. Pela forma como o concurso está pensado, o método que vai ser utilizado e também evidencia a inexistência de um parque escolar reabilitado”.

Ângela Almeida, do PSD, defende que o Executivo não quer o fim da MoveAveiro mas recorda as diretrizes da Troika para as empresas municipais. “Sabemos todos que é fruto da intervenção da Troika que as empresas municipais sejam reduzidas. A MoveAveiro é uma empresa municipal. O objetivo não é destruir a MoveAveiro, nunca foi, e não será o objetivo deste Executivo. O objetivo é proporcionar a Aveiro e aos aveirenses uma diferente política de mobilidade”.

Declarações de representantes de partidos políticos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro ao programa “Canal Central”.


Diário de Aveiro


Portal d'Aveiro - www.aveiro.co.pt