Assalto, ajuste de contas ou vingança. Ainda não se sabe o que levou, ao final da tarde de anteontem, ao homicídio de um empresário de Santa Maria da Feira e todos os cenários estão, para já, em aberto.
David Costa, o sócio-gerente da empresa Presdouro, foi esfaqueado até à morte, nas instalações daquela empresa, situada à face do IC2, em Albergaria, S. João de Ver. Correu, depois, na direcção do portão principal, mas acabaria por perecer à entrada da fábrica. Os desconhecidos, que ninguém terá visto, conseguiram fugir.
As manchas de sangue espalhadas pelo gabinete do empresário, de 50 anos, natural de Rôge, Vale de Cambra, quase que permitiam adivinhar a violência da agressão, que ocorreu entre pelas 18.35 horas, numa altura em que a fábrica não laborava.
No interior do escritório, à excepção da vítima mortal e dos homicidas, ninguém sabe o que aconteceu, embora os familiares estejam convencidos de que o homem foi morto na sequência de um assalto mal sucedido. Contudo, o gabinete não terá sido remexido e, aparentemente, nada terá sido subtraído, nem sequer a carteira da vítima mortal, que foi encontrada no bolso.
Tudo leva a crer, porém, que David Costa tentou resistir quando o esfaquearam. Os diversos golpes de um objecto cortante que apresentava nas mãos e braços são indícios de que efectuou várias tentativas de resistir às violentas agressões. Porém, um corte na artéria carótida terá sido decisivo na sua morte.
Polícia Judiciária tenta encontrar suspeito(s)
O empresário ainda conseguiu caminhar cerca de 100 metros, até ao portão da Presdouro, de materiais de construção e isolamento, que não dispõe de porteiro. Mas, aí, já perdera muito sangue. Perdeu as forças e os Bombeiros Voluntários de Santa Maria da Feira nada puderam fazer para o reanimar.
Um motorista, que, naquele momento, entrava nas instalações fabris para carregar o camião, terá sido uma das primeiras pessoas a encontrar David Costa, deitado no chão.
Testemunhas referem, ainda, ter visto um carro, de cor branca, a abandonar o local, enquanto a vítima mortal se debatia entre a vida e a morte, prostrado no chão. Estes relatos poderão ajudar os investigadores do caso a chegar aos presumíveis autores do assassinato.
Diário de Aveiro |