ALBERGARIA-A-VELHA: BOMBEIROS FICAM SEM PARQUE JUNTO AO QUARTEL

Os bombeiros de Albergaria-a-Velha deixaram de poder usar um terreno junto ao quartel, no centro da cidade, onde era estacionada grande parte das viaturas e onde funcionava o canil, com cães de busca e salvamento.
O espaço passará a servir de parque de estacionamento para a biblioteca municipal, obrigando a corporação a procurar uma alternativa para acomodar os seus veículos.
A solução já foi encontrada com a cedência de um armazém devoluto na zona industrial do concelho, junto à variante do Sobreiro. O edifício pode ser usufruído gratuitamente pela associação humanitária em regime de comodato até 30 de Setembro. Essa data deverá coincidir com a conclusão das obras de construção do novo quartel da corporação, na zona industrial. As novas instalações - avaliadas em mais de um milhão de euros e suportadas em parte por fundos comunitários - já deveriam ter sido finalizadas, mas as dificuldades financeiras da instituição ditaram alguns atrasos, reconheceu Elísio Apolinário Silva, presidente da direcção.
Os bombeiros irão transferir cerca de 20 viaturas para o armazém na zona industrial, especialmente de combate a incêndios, além de uma equipa de cinco elementos. A restante frota permanecerá no quartel.
O dirigente assegura que estas alterações logísticas “não vão afectar o socorro” às populações, embora admitindo que a situação “não é a ideal” devido à distância entre a sede e o armazém. Ainda assim, as viaturas transferidas passarão a estar guardadas em melhores condições, uma vez que junto ao quartel permaneciam estacionadas ao ar livre.
A corporação foi forçada a abandonar o terreno no centro da cidade uma vez que a Câmara de Albergaria-a-Velha alegou que necessita do espaço para criar uma zona de estacionamento ao serviço da biblioteca municipal. A nova finalidade do terreno obrigou à demolição de algumas construções existentes.
A desocupação do terreno foi aceite “pacificamente” pela associação humanitária, até porque a autarquia liderada por João Agostinho Pereira avisou com antecedência do que se iria passar, dando tempo à corporação para encontrar uma alternativa.
Foram equacionadas várias localizações, algumas sugeridas pelo próprio município, mas a escolha acabou por recair no armazém da zona industrial, cedido por um privado.


Diário de Aveiro


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