O presidente da Fundação Mata Do Buçaco (FMB), Jorge Franco, e o presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Carlos Cabral, alertaram, anteontem, para a necessidade de ser requalificado o telhado do Convento de Santa Cruz do Buçaco, que corre risco de cair. O autarca, que falava na sessão comemorativa do terceiro aniversário da FMB, foi cáustico para com a tutela e garantiu que em 12 anos como presidente da Câmara Municipal, “nunca vi um cêntimo do Ministério da Cultura”, deixando o desejo que “o telhado não venha a cair e possa ser recuperado”.
Carlos Cabral garantiu que, com ou sem Estado central, “a Câmara Municipal da Mealhada está presente”, respondendo ao apelo de Jorge Franco para a urgência em fazer obras. O edil da Mealhada defendeu que, “devemos cuidar das nossas jóias, senão temos de vender, e eu não quero isso aqui”, elogiando a forma como a fundação tem levado a cabo o seu trabalho.
“Pese embora a Mata Nacional do Buçaco ser a jóia da coroa do município, era como um buraco negro, onde a autarquia não entrava”, disse, explicando que, “há três anos tudo mudou e a Câmara Municipal entrou, ao fim de 150 anos, e começou a ter uma palavra”. Carlos Cabral garantiu anteontem que “a fundação tem pernas para andar” e, graças ao seu trabalho, também os “municípios de Mortágua e Penacova têm revelado maior interesse pela mata”.
Jorge Franco, por seu turno, sustentou que “esta é a melhor forma de gestão para a mata”, e deixou agradecimentos a todos quanto têm ajudado a FMB, deixando um a palavra especial aos funcionários. “Se temos sucesso, que eu acho que temos, devemo-lo aos esforços dos funcionários”, disse.