A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Associação Industrial do Distrito de Aveiro (AIDA) apresentaram, ontem, as mais recentes previsões económicas, bem como uma caracterização regional e sectorial do tecido produtivo da região de Aveiro, na conferência “Internacionalizar para Crescer”. A iniciativa, que decorreu ao longo de todo o dia, nas Caves Aliança, em Anadia, foi promovida ao abrigo do Programa PADECip - Programa de Apoio à Decisão Empresarial.
Na caracterização sectorial e regional exposta por Hermano Rodrigues, coordenador de equipas da empresa Augusto Mateus, Aveiro é identificado como um distrito exemplo positivo a nível nacional na liderança das exportações como uma relevância de 7. 272 milhões de euros. Com um forte investimento na área tecnológica, posiciona-se no topo da produtividade nacional, sendo responsável por 642,5 milhares de empregos.
Também no âmbito da conferência, o secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques, fez questão de afirmar que, a solução para ultrapassar a crise terá que passar, necessariamente, pelo incremento das exportações.
“A melhor vitamina contra a crise é o incremento da internacionalização e exportação das nossas empresas, este é o único caminho para Portugal” e, apesar da necessidade de outras reformas estruturais, Almeida Henriques entende que a saída da crise terá que passar sobretudo “pelas empresas e seus colaboradores”.
Neste contexto, Almeida Henriques deu ainda conta da aposta do governo em dinamizar alguns mercados externos, nomeadamente apostando na Europa, Merco-Sul e outros mercados emergentes, salientando a subida registada nas exportações nacionais no primeiro trimestre deste ano. De resto, o governante deu conta do elevado número de empresas que elaborou candidaturas ao QREN no âmbito do estímulo às exportações. Candidaturas que atingem a fasquia dos 280 milhões de euros.
De destacar também as palavras do presidente da CIP, desafiando o governo a abandonar as políticas de austeridade, em detrimento de políticas de crescimento. “Sem investimento, não temos crescimento; e só podemos alterar os números do desemprego com esse crescimento. O ambiente institucional tem que ser mais amigo e favorável, para inverter a tendência”, referiu António Saraiva, desafiando os governantes a fomentarem “reformas corajosas”.
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