A Câmara de Aveiro já tem pronta a sua proposta de agregações das escolas do concelho, sugerindo a existência de sete agrupamentos. A Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) defende, porém, a criação de não mais de cinco agrupamentos.
O desenho da autarquia (ver caixa) prevê agrupamentos com sedes em Aveiro, Esgueira, Aradas, Cacia, Eixo, Oliveirinha e S. Bernardo. O agrupamento de Aveiro passaria a incluir as três escolas secundárias da cidade (Homem Cristo, José Estêvão e Mário Sacramento).
A coligação PSD/CDS chefiada por Élio Maia defende, no entanto, o “encerramento” das escolas João Afonso e Homem Cristo “no prazo de três anos”, “integrando as suas equipas no novo Agrupamento de Escolas de Aveiro”.
Após esses três anos, este agrupamento passaria de 4.541 para 3.341 alunos, de acordo com os cálculos da edilidade a que o Diário de Aveiro teve acesso.
Em contrapartida, a Câmara defende a criação de escolas secundárias em Aradas, Cacia, Eixo, Oliveirinha e S. Bernardo.
“Após auscultação dos presidentes de junta de freguesia, dos directores e presidentes dos conselhos gerais dos agrupamentos de escolas e escolas secundárias”, a Câmara chegou ao seu modelo final, considerado “equilibrado, sólido e que lança bases para o futuro”.
A proposta camarária proporciona “percursos escolares coerentes e integrados”, “articulação curricular entre níveis e ciclos educativos”, “eficácia da gestão dos recursos humanos, pedagógicos e materiais”, “proximidade geográfica” e “dimensão equilibrada e racional”, de acordo com os critérios estabelecidos pela tutela.
Além disso, o modelo preconizado “encerra outras vantagens”, como a “integração de ensino secundário” nos sete agrupamentos ou a “criação de uma identidade e sentimento de pertença, desde o pré-escolar ao secundário”.
A proposta da coligação PSD/CDS permitiria a redução de várias despesas, graças nomeadamente ao fim do funcionamento das escolas João Afonso e Homem Cristo. Baixariam também os encargos com os directores (em “cerca de 35 por cento”) e com os transportes escolares, uma vez que os alunos passariam a poder estudar “nas respectivas áreas de residência”.
A “possibilidade de menor número de deslocações dos docentes” e a “possibilidade de criação de especializações por área disciplinar e por agrupamento para um efectivo trabalho em rede” são outros benefícios assinalados pelo município.
A DREC, no entanto, contrapõe apenas cinco agrupamentos. As três escolas secundárias da cidade seriam integradas em diferentes agrupamentos: a Homem Cristo em Aveiro, a Mário Sacramento em Aradas e a José Estêvão em S. Bernardo.
Os agrupamentos de Esgueira e de Cacia fundir-se-iam num único, juntando-se à escola secundária Jaime Magalhães Lima. Os agrupamentos de Eixo e de Oliveirinha seriam igualmente emparelhados num só. Esgueira, Cacia e Jaime Magalhães Lima tornar-se-ia no maior agrupamento, com mais de 2.700 alunos, seguido de Aveiro e Homem Cristo (mais de 2.500) e S. Bernardo e José Estêvão (mais de 2.300). Aradas e Mário Sacramento ficariam com cerca de 1.800 estudantes e Eixo e Oliveirinha não ultrapassariam os 1.450.