O PCP e o PS de Aveiro sublinham a ideia que Élio Maia, líder autárquico, aproveita a crise e os cortes no poder local para esconder a incapacidade de lidar com uma situação dificil da autarquia. O discurso do Presidente da Câmara, na Gala que assinalou o feriado municipal, ficou marcado pelas críticas ao Governo. Para Filipe Guerra (PCP), o autarca de Aveiro passou ao lado de temas mais importantes. "A questão da MoveAveiro, salários em atraso, fim de linhas, uma frota desinvestida, sobre isto não teve uma única linha de pensamento, a questão da água, o seu preço final, não há uma ideia de Élio Maia sobre isto, a questão das SCUT´s, não existe nenhuma posição de força contra as portagens, a situação dramática das Florinhas do Vouga, enfim, há um conjunto de questões que a Câmara não intervém junto do Estado ou a nível local, não resolve os problemas, está longe dos cidadãos", acusou. Marques Pereira, do PS, diz que "depois da herança vem o discurso da crise". "Este ano introduziu-se uma componente populista no discurso, esta questão da presunção de inocência e que somos todos criminosos quando abraçamos um projecto público, é um desabafo, é um conjunto de ideias que manifestam apenas estados de alma que não interessam absolutamente nada para os destinos de Aveiro e tem uma marca populista muito forte, no fundo, Élio Maia procura uma justificação para a sua ineficácia, Élio Maia governa a Câmara há sete anos e as questões internacionais da crise, são um álibi para que nada se faça em Aveiro e isso é pernicioso", disse Marques Pereira. Manuel Coimbra, do PSD, considera que este é o tempo de analisar questões fundamentais e que Élio Maia "também deve falar para o país". "Temos um problema porque, partidos com responsabilidade em Aveiro, acham que Aveiro não tem expressão a nível nacional, na realidade, Aveiro tem aquilo que quer e não tem aquilo que não quer, acho que todos os aveirenses devem fazer com que Aveiro possa ter expressão activa e não é a denegrir o que se passa em Aveiro que podemos ser ouvidos fora da região", sublinhou Manuel Coimbra. Declarações proferidas no programa "Canal Central" da Rádio Terra Nova. Diário de Aveiro |