Mesmo com a derrota (1-2) de ontem importa dizer que o treinador Ulisses Morais acaba a época com o ego em alta e com motivos para tal. A dez jornadas do fim da Liga Zon Sagres, com o Beira-Mar a apenas um ponto dos lugares de descida, a conviver com um quadro a roçar o deprimente (havia sido derrotado, 2-3, em casa, pelo Vitória Setúbal) e ainda com FC Porto, Benfica e Sp. Braga para defrontar, o técnico não tremeu, nem hesitou perante os avisos de “catástrofe”, oriundos de vários quadrantes.
E nem uma estreia pouco estimulante (derrota por 4-0 frente ao Rio Ave, em Vila do Conde) provocou convulsões, menos ainda resignação. Reagindo com competência, a equipa somou 12 pontos nos nove jogos seguintes, fruto de quatro vitórias, tantas quantas havia conseguido nas 20 jornadas antes da chegada do técnico a Aveiro.
Obviamente, a imagem que fica é que, ontem, somou mais um desaire em casa, logo a propensão para a crítica é óbvia. Mas isso seria deturpar grosseiramente a carreira da equipa nas dez últimas jornadas, onde passou de candidato à descida para um lugar tranquilo, ao ponto de, a duas jornadas do fim, já ter a permanência conquistada. Ou seja; a missão foi inteiramente cumprida.