A maioria PSD-CDS/PP que governa a Câmara de Aveiro está a equacionar extinguir a Escola Secundária Homem Cristo e a EB 2.3 João Afonso. A ideia terá sido levantada no âmbito do processo de agregação dos agrupamentos escolares – que está a ser levado a cabo pelo Ministério da Educação. A denúncia partiu da concelhia do PS de Aveiro, liderada por Eduardo Feio, fez questão de demonstrar a sua “incompreensão” pelo facto de a maioria ainda não ter sequer discutido a matéria em sede de reunião camarária.
“A Câmara de Aveiro está dar mais uma mostra de um profundo défice democrático”, acusou Eduardo Feio, ao mesmo tempo que se mostrava indignado pelo facto de estar a ser avançada uma proposta na qual “a Câmara Municipal não teve qualquer tipo de participação”. “Importa mão esquecer que, a Câmara é um órgão colectivo, com nove elementos”, reforçou o líder da estrutura socialista.
A indignação dos dirigentes da concelhia “rosa” é ainda maior em virtude de o assunto ter chegado a ser agendado para a reunião camarária do passado dia 19 de Abril. Na altura, “a maioria acabou por retirar o assunto da agenda porque, segundo nos foi explicado pelo vereador da Educação, ainda não tinham sido notificados pela Direcção Regional de Educação do Centro para se pronunciarem”, explicou a vereadora socialista Helena Libório.
Nas reuniões seguintes, o assunto não voltou a ser agendado, mas, para surpresa dos elementos do PS, recentemente, a questão foi debatida no Conselho Municipal de Educação já com uma proposta concreta. “Consta que a proposta da Câmara de Aveiro prevê a extinção da Escola Secundária Homem Cristo e a EB 2.3 João Afonso “, revelou Helena Libório. Isto quando a proposta da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) não vai além “da agregação de agrupamentos, sem encerrar qualquer escola”, referiu ainda a vereadora – que anteriormente desempenhou as funções de directora-regional de Educação do Centro.
Na prática, a proposta da tutela prevê que, os actuais sete agrupamentos existentes em Aveiro sejam reduzidos a cinco – cumprindo, assim, a agregação administrativa que está na génese desta reforma. “A maioria vai mais além e propõe encerrar duas escolas e criar novas escolas secundárias em São Bernardo, Aradas, Oliveirinha, Eixo e Cacia”, criticou Helena Libório.