O Beira-Mar perdeu ontem, à noite, no Dragão, por 3-0, num jogo em que mostrou duas “caras” distintas. Na primeira parte, uma “cara” bem alegre, ambiciosa e que dividiu as atenções e as oportunidades de golo. Na segunda parte, uma “cara” enfadonha, sem qualquer vislumbre ou lampejo de qualidade, denotando pouca ambição e sem efectuar um único remate digno desse nome.
No plano teórico, Ulisses Morais surpreendeu, ao apresentar uma equipa em campo com Serginho, Camará e Balboa na frente de ataque, apoiados por Nildo, que muitas vezes surgia como segundo avançado. Para muitos este terá sido um sinal de ambição, para outros, um arrojo que se “pagou caro”.
No entanto, na primeira parte só não foi plena de sucesso porque nem Camará, por duas vezes, nem Nildo, de cabeça e sozinho à entrada da pequena área, não conseguiram concretizar as oportunidades claras que tiveram ao seu dispor. Em jogos de ritmo elevado e contra adversários categorizados, não se pode ser tão ineficaz.