A zona industrial de Albergaria-a-Velha foi sujeita a um levantamento que permite uma actuação mais rápida e eficaz no caso da ocorrência de algum acidente. O trabalho foi realizado por Pedro Oliveira, da corporação de bombeiros local, Artur Teixeira, do Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA), e Hélder Duarte no âmbito da licenciatura em Segurança Comunitária e resultou na criação de uma ferramenta informática que proporciona um maior conhecimento da zona e que permite, em caso de sinistro, activar com maior celeridade os meios de socorro necessários.
Os autores compilaram toda a informação existente sobre projectos de segurança, contactos, localizações ou matérias-primas e com ela desenvolveram uma ferramenta informática de consulta rápida que promete facilitar o trabalho das autoridades de protecção civil.
Os dados recolhidos terão de ser continuamente actualizados para evitar que o “software” se torne obsoleto, revelaram os promotores do projecto durante o VII Encontro Nacional de Riscos e o I Fórum Sobre Riscos e Segurança, que decorre entre ontem e hoje no ISCIA, em Aveiro.
O projecto irá ser alargado a todo o concelho de Albergaria-a-Velha, abarcando indústrias, zonas urbanizadas e áreas florestais.
Na sessão - à qual faltou o secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo Ávila, por morte de um familiar -, José Bismarck, comandante dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha, advertiu para o aumento do número de incêndios florestais em Portugal “década após década”, fenómeno que regista “muito maior incremento do que nos restantes países do sul da Europa”.
“O concelho de Albergaria tem registado um elevado número de ocorrências, embora nem sempre acompanhada do crescimento da área ardida”, afirmou.
José Bismarck concluiu que o maior número de incêndios é de pequena dimensão e não associado a fenómenos meteorológicos particulares. “Foram detectadas apenas três ocorrências com características de incêndio cíclico, relacionadas com a ocorrência de condições meteorológicas extremas”, disse.
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