O preço da gasolina voltou ontem a subir para um novo máximo histórico, como reflexo da cotação média nos mercados internacionais. A gasolina aumentou 2,5 cêntimos por litro, o que dá uma média de mais dois euros por depósito. A excepção foi o gasóleo, que registou uma redução de 0,5 cêntimos.
Só este ano, os preços da gasolina e do gasóleo já encareceram 15 e sete cêntimos por litro, respectivamente. Entre os factores que ajudaram a impulsionar as cotações do petróleo e dos combustíveis nos mercados internacionais – e que acabam por se reflectir nos preços do gasóleo e da gasolina – está a tensão em torno do programa nuclear do Irão, que tem levado a pressões internacionais no sentido de um embargo ao petróleo deste país.
Poupar nas deslocações
São más notícias para os automobilistas, especialmente para aqueles que não dispõem de alternativas. O Diário de Aveiro auscultou alguns aveirenses a propósito desta nova subida do preço da gasolina e há uma opinião que é unânime: “O Governo deveria intervir e tabelar os preços dos combustíveis”.
“Acho que deviam tabelar estes preços e reduzir os impostos nos combustíveis”, reclama Domingos Oliveira, um dos automobilistas que ontem se encontrava a abastecer a sua viatura, num posto da cidade. Idêntica opinião manifestou Paulo Silva, depois de admitir que tem reduzido cada vez mais a utilização do carro e procura as bombas mais baratas.
Já Pedro Pereira fez questão de estranhar o facto de “numa semana ter havido uma diminuição tão pequena e, na semana seguinte, um aumento tão forte”. “O Governo devia intervir, até para evitar o aumento de outros produtos”, alertou este automobilista aveirense.
Numa ronda pelas bombas da cidade, o Diário de Aveiro constatou que a gasolina 98, por exemplo, já atingiu o preço de 1,81 euros por litro (caso da Cepsa) ou 1,88 euros por litro (BP). No posto de abastecimento do Jumbo, o valor desce para os 1,65 euros por litro.
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