“Foi reposta a verdade”. O estivador do Porto de Aveiro reagiu com satisfação à sentença do juízo de pequena instância criminal de Lisboa que o absolveu, ontem à tarde, em Lisboa, do crime de resistência e coação a agente.
António Júlio, trabalhador portuário de 48 anos foi o único detido pela PSP aquando dos confrontos verificados a 22 de Março, dia de greve geral, no largo do Chiado, em Lisboa, de que resultaram três feridos.
A sentença da juíza deu como não provadas as acusações imputadas pelo Ministério Público com base no auto de ocorrência da PSP, que dava conta de um alegado “empurrão” a agente da autoridade.
O arguido recebeu ordem de prisão quando se encontrava com oito outros estivadores que se deslocaram à capital para tomar parte nas ações de protesto da CGTP para denunciar os problemas laborais que a Empresa de Trabalho Portuário (ETP) do Porto de Aveiro, correndo mesmo um processo de insolvência.
Para a absolvição foram determinantes os depoimentos de dois agentes da polícia que se encontravam no local. Ouvidos ontem em tribunal, não confirmaram a reação intempestiva de António Júlio, inclusivamente com empurrão, quando foi abordado para detenção, pelo contrário terá tido conduta colaborante.
O auto acaba também por identificar o suposto petardo que trazia na bolsa como "artifício de divertimento". Diário de Aveiro |