O PSD defende a posição da autarquia na negociação de terrenos para o Parque da Ciência e Inovação e diz que a autarquia não faltou a uma reunião com o Coletivo de Intervenção na Defesa dos Interesses dos Habitantes da Coutada porque ainda espera que os elementos deste movimento se identifiquem. Rui Dias explica que houve troca de correspondência mas sem que fosse revelada essa identidade.
Por isso, concorda com a posição do Executivo de Ribau Esteves de falar apenas com grupos ou pessoas identificados. “O que está em causa é que foi solicitado ao coletivo a identificação das pessoas para saber com quem se ia conversar. Não íamos para a Coutada à espera de quem há-de vir com o jornal debaixo do braço. A Câmara não negoceia com quem não conhece e não dá a cara”, disse o presidente da concelhia Social Democrata que é, também assessor jurídico na autarquia.
Rui Dias lembra que há centenas de parcelas de terreno já adquiridas e que o processo segue os termos da lei. “Conversamos, é obrigatório que o façamos, com os proprietários de terrenos que estão em risco de vir a ser adquiridos e, nalguns casos, bem adquiridos porque o valor é bastante superior ao que as pessoas pensavam que eles valiam e foram recentemente adquiridos muitos lotes por valores substancialmente inferiores aqueles que o PCI está, hoje, a oferecer. Dentro deste critério de justa indemnização que o PCI está disposto a pagar por terrenos e casas, todas serão avaliadas e, se não forem, haverá instâncias para discutir o valor patrimonial dos ativos dos cidadãos para que sejam pagos, como devem ser”.
Rui Dias em declarações ao programa Discurso Direto já depois de uma nota do coletivo de intervenção na defesa dos interesses dos habitantes da Coutada ter dito que tinha falhado a marcação de um encontro previsto para a passada sexta-feira.
Os moradores anunciam que vão marcar um “debate aberto à população e outras ações de esclarecimento ou protesto” uma vez que querem envolver mais pessoas com envolvimento direto no processo de compra de terrenos para o futuro Parque da Ciência mas também outras por considerarem que se trata de um investimento que diz “respeito a todos os cidadãos, pois envolvem dinheiros públicos e utilizam bens cujo usufruto deve ser coletivo e não apenas de algumas empresas”.
José Vaz, do PS, comentou este desencontro. Diz que a autarquia poderia mostrar mais abertura apesar de considerar que o processo de aquisição de terrenos tem seguido os termos da lei. “é uma matéria que merece a nossa atenção. Concordo com alguns coisas que o Rui Dias disse sobre o anonimato mas também há alguma teimosia. A Câmara tem tido uma boa atitude na relação com os proprietários mas também acho que quando surge uma situação de crítica e de contra parece que a câmara se ressente. Toda a agente tem que concordar à primeira. Penso que seria razoável receber as pessoas e que numa primeira reunião se questionasse quem representa o Coletivo. Era razoável”. Diário de Aveiro |