Os Partidos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro criticam a forma como o Governo decidiu suspender a tolerância de ponto em terça-feira de Carnaval. Gonçalo Fonseca, do PS, diz que se trata de fundamentalismo por querer fazer vingar uma posição que vai contra as tradições. "Isto tem uma dimensão brutal em cidades como Ovar e Estarreja e há funcionários públicos que não são funcionários da Autarquia lá, aquele potencial episódio, que é um Tribunal estar a trabalhar ao mesmo tempo em que está a passar o corso de Carnaval é anedótico, tem piada, tem que haver bom senso, isto é teimosia e fundamentalismo", disse. Jorge Greno, do PP, lamenta que o anúncio tenha chegado em cima da hora quando muitos investimentos foram feitos a contar com a tolerância de ponto. "Há Concelhos na nossa região com grandes investimentos para celebrar o Carnaval, ao nível de entidades públicas e privadas, Associações desportivas programam jogos e torneios para esta altura e comunicar a decisão, que não existe tolerância de ponto, com 15 dias de antecedência, parece uma brincadeira de Carnaval, até porque se o anuncio tivesse um ano de antecedência, ninguém contestaria", referiu. Manuel Coimbra, do PSD, diz que não há surpresa e que o País precisa de mudar de vida. Assume que está ao lado da medida do Governo. "Para mim é normal, não entendo porque é que pessoas com responsabilidade na governação não entendem que tinha de ser esta a solução, porque, tenho a certeza que, se a decisão fosse ao contrário, os mesmos estariam a criticar o Governo por não ser coerente". Rui Maio, do BE, diz que "não é com o fim das tolerâncias de ponto que se resolvem os problemas do País". Afirmações e ideias produzidas no programa de debate politico “Canal Central” da Rádio Terra Nova. Recorde-se, a título de exemplo que, a Câmara de Aveiro não dá tolerância de ponto mas a universidade dá. Diário de Aveiro |