O PS diz que Ribau Esteves deveria ter uma participação mais ativa na negociação dos terrenos do Parque da Ciência e Inovação. É a reação às queixas de populares da Coutada que dizem existir falta de diálogo numa altura em que começam os contactos para a aquisição de parcelas de terreno. José Vaz diz que há questões que muitas vezes não são do domínio público nem para os vereadores da oposição.
“Não posso é aceitar que haja pessoas que escrevem para a câmara e demoram meses a receber resposta, não posso aceitar que marquem uma reunião com o presidente e depois ele não esteja e não posso aceitar que haja pessoas que querem falar com ele e não conseguem. A ser verdade, e acredito nisto porque há moradores que já nos fizeram chegar essas informações, isso é que me preocupa. É verdade de temos tempo mas devemos ir dialogando e não deixar para mais tarde essa discussão”.
Eduardo Conde, do PSD, diz que não se pode dizer que o processo está a correr mal numa fase em que estarão adquiridos 75 por cento dos terrenos. Sublinha que a fase de aquisição é sempre feita de avanços e recuos. “Partimos de um princípio errado. Para 75% correu bem e isso não quer dizer que os outros 25% não tenham corrido bem. Ainda não chegou o timing dos outros 25%. Muitas vezes quando se começa um processo de negociação há pessoas com expetativas positivas que forçam para que as coisas se concretizem mais depressa. Haverá duas ou 3 pessoas que terão essa expetativa e por isso é que surgiu isto”.
José Alberto Loureiro, do PCP, considera que o diálogo é essencial nestes processos e lamenta as pressas induzidas pelos fundos comunitários em projetos financiados. Lamentou, ainda, que Ribau Esteves tivesse falado na existência de obras clandestinas na Coutada numa referência aos cidadãos que desencadearam o protesto. “Não se deve dizer que as obras são clandestinas. As culpas são de quem faz e da falta de fiscalização. Uma Câmara tem obrigação de parar as obras clandestinas. Penso que a brigada de fiscalização não é só para multar o PCP”.
Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Ílhavo num comentário ao processo de aquisição de terrenos do PCI. Diário de Aveiro |