O que tinha sido anunciado como debate, acabou por ter sentido único. Todos contra a colocação da ponte no canal central e a defesa da obediência ao programa Polis que prevê uma ponte no canal das pirâmides. A Câmara de Aveiro não se fez representar.
Pompílio Souto, um dos arquitetos com intervenção pública em Aveiro, diz que a cidade encalhou na ponte.
"Aveiro encalhou na ponte, do meu ponto de vista, por erro da autarquia. Mas também em alguns projetos do Parque da Sustentabilidade (PdS). O Polis prevê em outro sítio. Não vai dar a lado nenhum ? Talvez a ponte esteja fora do tempo e do sítio" , disse o arquiteto Pompílio Souto que recomenda o cumprimento do plano de urbanização do Polis.
Paulo Anes, arquiteto e deputado do PSD, voltou a defender a suspensão como prova de abertura do poder político. “Tenho reservas sobre a necessidade da ponte. Poderia ponderar a localização prevista no programa Polis, a ponte. Considero que este não é o tempo para fazer uma ponte”.
José Carlos Mota, do grupo Amigos da Avenida, lançou um apelo aos parceiros da Câmara no projecto Parque da Sustentabilidade que que tentem demover a autarquia. Sugere que tentem ajudar a autarquia a conseguir "um plano B" que passaria por "construir uma alternativa".
O professor e investigador admite que "a saída airosa” poderá ser dada se a Administração da Região Hidrográfica do Centro "corroborar as preocupações dos cidadãos" no âmbito da consulta pública em curso para licenciamento hídrico.
Aguarda-se também um comentário da autarquia aos discursos proferidos no debate de ontem promovido pelo Diário de Aveiro. Diário de Aveiro |