O fim da tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval está a agitar os municípios que mais investem nos cartazes carnavalescos. Depois de Ovar, também Estarreja manifesta preocupação pela forma como o Governo decidiu acabar com o dia livre para as famílias. A autarquia de Estarreja confessa que associa a preocupação sobretudo ao impacto económico da medida. Dos partidos com assento na Assembleia Municipal (AM) de Ílhavo também à preocupação pela suspensão da tolerância de ponto. Eduardo Conde, do PSD, crítica o timing da decisão quando já há investimentos mas admite que "a semana de Carnaval acaba por provocar uma paragem alargada". "Posso criticar o timing, se é para aplicar agora, é demasiado em cima do acontecimento, até porque os organizadores dos corsos já fizeram muitos investimentos, agora, o não dar a tolerância de ponto a mim, não me espanta nada e como católico vejo mais dificuldade em acabar com um feriado em dia santo do que retirar a terça-feira de Carnaval", disse. José Vaz, do PS, considera que "não é com este tipo de acções que o País pode resistir à crise agravando-se ainda mais o clima depressivo dos cidadãos". José Alberto Loureiro, do PCP, disse na Rádio Terra Nova que "o lazer é fundamental na vida dos cidadãos e até produz ganhos ao nível da produtividade, as pessoas não podem andar sempre a pensar em trabalho, também tem de se divertir", referiu no programa de debate politico “Discurso Directo”. Diário de Aveiro |