O fim da tolerância de ponto em terça-feira de Carnaval está a agitar os municípios que mais investem nos cartazes. Depois de Ovar, também Estarreja manifesta preocupação pela forma como o Governo decidiu acabar com o dia livre para as famílias. A autarquia de Estarreja confessa que associa a preocupação à economia local.

A duas semanas dos desfiles, o anúncio do Primeiro-Ministro de não dar tolerância de ponto na terça-feira gorda fez mais estrondo que as bombinhas de carnaval. Estarreja leva muito a sério a organização do corso. O município, que investe mais de 30 mil euros no evento, já tinha decidido, como sempre aconteceu, encerrar no feriado não oficial.

Está tudo a postos para o segundo dia de desfile. Desde logo a organização carnavalesca, mas a economia local, devidamente abastecida para todo o cartaz de animação que costuma arrastar milhares de pessoas. Por tudo isto, José Eduardo Matos, presidente da CM, eleito em coligação PSD-CDS, critica o Governo.

“Nada positivo. Nos tempos de hoje o carnaval é tradição e necessidade. Até por razões de saúde pública. Portugal precisa de alegria e boas notícias e esta é uma manifestação positiva”.

Outra consequência, ainda imprevisível em Estarreja, é a possível de falta de figurantes que ficam proibidos de deixar o trabalho e não possam meter férias.