LUÍS OLIVEIRA SANTOS PREPARA LIVRO SOBRE O QUE RESTA DAS ANTIGAS SECAS DE BACALHAU.

Luís Oliveira Santos quer acabar, em breve, o projeto de um livro dedicado ao que resta das antigas secas de bacalhau em Portugal. O fotógrafo ilhavense iniciou o levantamento há alguns anos e diz que não se trata de um sinal de protesto. Antes a captação da plasticidade de algumas imagens que fazem parte da história. Explica que convidou o diretor do Museu Marítimo de Ílhavo para assumir a parte documental da obra “o mar ausente”.

“É um trabalho sobre a arqueologia industrial das secas de bacalhau. É um trabalho que tenho vindo a fazer ao longo dos últimos anos de tudo o que existe neste momento sobre secas. O dr. Álvaro Garrido vai fazer uma parte de contextualização e eu a parte fotográfica. Quando as fotos estiverem concluídas a ideia é juntar contributos para o tal livro”.

Luís Oliveira Santos em entrevista ao programa “Conversas” explica que o projeto começou com fotografias numa antiga seca em São Jacinto que agora está em ruínas.

“Este trabalho começou numa seca em S. Jacinto , com interior demolido. Ficaram as paredes e o exterior recebeu umas infraestruturas para uma urbanização. Há ali uma beleza gráfica nas ruínas e nos azulejos que revestem as paredes. A fotografia pode perpetuar e deixar isso como memória de uma indústria que se transformou”.

Entrevista de Luís Oliveira Santos, fotógrafo, arquiteto e professor no ensino secundário, para ouvir às 19h00.


Diário de Aveiro


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