Oficialmente, a Nissan limita-se a comunicar que ainda está a estudar a ocupação a dar à nave industrial construída no complexo da Renault, em Cacia, que deveria acolher durante 2012 linhas de montagem de baterias eléctricas para dar trabalho a 200 pessoas.
A empreitada, um investimento de 10 milhões de euros, arrancou faz um ano no próximo mês e encontra-se em fase de retoques finais.
Para já, o enorme pavilhão numa área de 20 mil metros quadrados fica vazio e à espera de dias melhores na economia, apesar de ter sido colocada a hipótese de servir para a atividade do parceiro de aliança, que está mesmo ao lado, onde emprega cerca de mil pessoas na montagem de componentes automóveis.
O responsável do gabinete de comunicação da Nissan em Portugal, garantiu, contudo, que ainda não há decisões tomadas, estudam-se hipóteses e sobre a produção de baterias, nenhuma evolução, mantendo-se o projeto “suspenso” por tempo indeterminado.
Segundo apurámos, a alteração do fim a que se destina a nave industrial comporta encargos que levam a Nissan e a Renault a ponderarem melhor.
Outra fonte, da Câmara de Aveiro, que tem acompanhado de perto o processo, inclusivamente ao nível governamental, com contactos muito recentes, adiantou que a empresa nipónica continua a manter a possibilidade de retomar a fábrica se a venda de viaturas elétricas ganhar a quota de mercado inicialmente prevista.
Se o ministro da Economia não revelar na AR outras novidades, que o construtor assegura não ter para dar, a fábrica continuará adiada, assim como a grande parte do investimento de 156 milhões de euros para produzir 50.000 baterias por ano destinadas à exportação. Diário de Aveiro |