MANUEL COIMBRA ADMITE EXCESSOS ZELO DA ASAE MAS DIZ QUE PRODUTORES FICARAM A GANHAR.

Responsável pela Comissão Técnica de Aditivos Alimentares ao serviço da ASAE, Manuel Coimbra reconhece que os primeiros anos de atitvidade da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica foram marcados por algum excesso de zelo no sentido de dar visibilidade mas que agora esse trabalho segue em velocidade de cruzeiro.

O especialista em química alimentar, na Universidade de Aveiro, realça que, hoje, são os industriais quem controlam os processos produtivos com cuidados ao nível da segurança alimentar.

“Houve uma altura em que ASAE tinha que se fazer sentir, a ideia terá sido mais essa, e o excesso de zelo terá vindo por aí. Isso teve alguns aspetos positivos, porque serviu de prevenção, mas também teve aspetos negativos porque se mexeu com algumas práticas que não sei se, realmente, eram assim tão prejudiciais para saúde e para a qualidade dos alimentos. Isso corrigiu-se e ninguém mais ouviu falar da ASAE”.

A ASAE estará em velocidade de cruzeiro e de uma fase de polémica o controlo alimentar é, hoje, parte dos processos produtivos. “Houve alterações muito simples que não se refletiram nos sabores. Consumimos os produtos tradicionais da mesma maneira. Os produtores alteraram determinado tipo de regras e foram beneficiados porque os seus produtos estão muito melhores em termos de segurança alimentar. Podemos falar de todos. O exemplo concreto em Aveiro são os ovos moles. Deixámos de ouvir falar no perigo das salmonelas que estavam associadas aos ovos frescos porque um ou outro produtor usou um determinado tipo de ovo”.


Diário de Aveiro


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