A Assembleia Municipal de Vagos aprovou plano e orçamento para 2012 na sessão da passada sexta-feira. O documento, no valor de 24,9 milhões de euros, mereceu os votos favoráveis da maioria PSD e sete abstenções do movimento Vagos Primeiro. Pires Plácido, que deixa a liderança da bancada do PSD por motivos profissionais, fez as contas aos compromissos do plano e orçamento apresentado pelo vereador das finanças.

“O senhor vereador falou 5 vezes em compromisso, 3 vezes em esforço, duas vezes em segurança, 4 vezes em pessoas, 5 em cortar e seis em reduzir e 12 em redução de custos, uma vez em dívida e depois disse vamos manter o apoio social. Falou cinco vezes em gastos na Vagueira e disse que o bolo grande vem da Boa Hora. Está tudo equilibrado”.

O movimento “Vagos Primeiro” enaltece o esforço do vereador do pelouro para que o documento seja mais descritivo e reflicta o mais possível as receitas e despesa da câmara, assim como a redução da despesa corrente e aumento da despesa de capital. Mas aponta também aspectos negativos. Os custos da água, da ERSUC e sobreorçamentação das receitas com taxa de lixo e derrama são exemplos apontados. A dificuldade de venda de terrenos é também destacada na declaração de voto de Jorge Luís Oliveira.

“Estão previstas algumas receitas de capital sem garantias de conseguir a realização no todo ou na parte. Estamos a falar da venda de terrenos. Caso não se consiga a realização de alguns negócios, nomeadamente a venda do loteamento do Plano de Pormenor da Boa Hora e dos terrenos de Santo André, fica comprometida a execução do Orçamento e a realização da generalidade dos investimentos previstos não financiados por fundos comunitários”.