Os partidos políticos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro não deixaram passar em claro a ausência de alguns deputados do PP na sessão que aprovou Plano de Atividades e Orçamento para 2012. Recordamos as principais declarações dessa noite. A meio do segundo mandato, o PSD começa a rever-se no orçamento da Câmara, como disse Manuel Prior. “Ainda não é o nosso orçamento feito do trabalho ardiloso e exaustivo de uma grande equipa. Revemos-nos nele quando baixa despesa corrente em 16,8 por cento”.
O Orçamento da maioria corre, no entanto, o risco de ser uma força de expressão para o comunista António Salavessa. “O esmagador do CDS-PP indicia que este não será o orçamento da maioria mas de uma parte”.
Nelson Peralta, do BE, também espreitou para o outro extremo partidário. “Ao completo deserto em que se transformou a bancada do CDS mas também o silêncio. Não traz a esta Assembleia os membros da coligação. Que tipo de apoio acolherá na sociedade aveirense”.
A este momento da discussão, Miguel Capão Filipe, presidente da AM, indicado pelo CDS, viu-se obrigado a fazer um ponto de ordem:
“Ao adjectivar a banca ado CDS como deserto fez-me sentir um Tuareg ”.
Pedro Pires da Rosa, do PS, sugeriu ao presidente da Câmara aliviar os pelouros do vereador das Finanças que anda com demasiado trabalho para respeitar prazos da entrega de relatórios de acompanhamento do PSF. “Atribuir um pelouro eventualmente à nova vereadora que acabou de entrar para que o vereador das finanças se dedique exclusivamente às finanças”.
Élio Maia rematou a sucessão de ironias políticas. “Chegámos a esta situação porque o PS não teve, durante muitos anos, a humildade democrática de ouvir esta Assembleia”.
Mesmo com o CDS desfalcado, a plano e orçamento passou na AM. Diário de Aveiro |