A completar o 5.º aniversário, no passado dia 6 de Outubro, teve lugar a cerimónia de abertura do novo ano lectivo 2011/12 da Universidade Sénior da Curia. Actualmente com mais de 150 alunos, foram muitos os que não deixaram de comparecer a esta cerimónia, cuja intervenção do Professor Doutor Armando Porto, subordinada à temática “A arte de envelhecer” deliciou os presentes. O evento contou ainda com a presença de Rosa Tomás, vereadora da Educação da Câmara Municipal de Anadia, João Vasco Ribeiro, presidente da WRC e Óscar Ventura, presidente da Junta de Freguesia de Tamengos.

Ano repleto de afectos. A uma atenta plateia de “estudantes” seniores, João Vasco Ribeiro, presidente do conselho de administração da WRC, desejou que este novo ano lectivo que agora começa seja “repleto de afectos”. Depois de em 2006 ter proposto a criação de uma Universidade Sénior, confessa que não esperava que a mesma tivesse tanto sucesso. Surgiu uma Universidade contemporânea com o seu princípio bem expresso no blog da Universidade: “é um porto de abrigo de afectos (…)” até porque ela “pretende comemorar a vida que se deseja, à medida que os anos passam, com mais qualidade, mais saúde, mais segurança e melhor solidariedade social”, acrescentou. Por isso, Vasco Ribeiro entende que neste 5.º aniversário é preciso fazer uma reflexão e avançar para um novo patamar – autonomia financeira da Universidade, mas também para a responsabilidade, por forma a que os alunos possam ter mais e melhor aproveitamento das suas capacidades.
Em ano, subordinado ao “Ano do envelhecimento activo” e de solidariedade entre gerações, a Universidade Sénior irá promover uma cultura de envelhecimento activo e de solidariedade entre gerações, desafiando os mais velhos a participarem no voluntariado, nomeadamente junto das camadas mais jovens da população.
Também Rosa Tomás evidenciou a disponibilidade da Câmara Municipal para continuar a colaborar com a Universidade Sénior nas acções que esta for desenvolvendo ao longo do ano, deixando a todos palavras de esperança: “continuem a escrever belas páginas no livro das vossas vidas pois não sabemos quanto tempo vai durar a nossa vida”, acrescentando estar na mão de todos “sermos positivos” desafiando os seniores a um convívio intergeracional, ou seja, que se voluntariem para trabalhar com crianças e jovens para “ajudar a construir memória nos nossos jovens”, partilhando conhecimentos e experiências com os mais novos.
Envelhecer bem. Armando Porto fez a intervenção mais aguardada. Aos presentes indicou que “envelhecer bem depende de cada um” (…) “para que se possam exercitar as chamadas virtudes da idade (serenidade, paciência, mansidão, liberdade, gratidão, amor)”.
“Envelhecer significa deixar-se amadurecer com o tempo e transformar-se, sem perder a imagem que de si se formou ao longo dos anos”, destacou acrescentando ser necessário “aceitar o envelhecimento de uma forma positiva”.
Aos presentes deixou a indicação de que “um trabalho de voluntariado e o usufruto dum entretenimento/hobby são importantes para manter motivação na fase última da vida. Daí, sugerir um maior convívio com os jovens “facultando-lhes conhecimentos preciosos”.
A terminar, convidou os presentes a “exercitar a arte de envelhecer”, pois só assim “poderemos alcançar aquele estado desejável, que levará os outros a guardar de nós uma bela e exaltante recordação”.

CC