FERIADO MUNICIPAL DE VAGOS PASSOU DESPERCEBIDO

Coincidindo com o feriado municipal, que mais uma vez não foi assinalado pela autarquia, as festividades em honra do Divino Espírito Santo terminaram na terça-feira (14 Junho), com o tradicional arraial no pinhal de S. João, à tarde, e a actuação de um grupo musical, pela noite dentro.
Com um orçamento de 55 mil euros, a festa foi organizada por uma Comissão de mordomos, que teve “cobertura” da autarquia, que pode vir a disponibilizar um subsídio de 30 mil euros, logo que as contas se encontrem fechadas.
Na segunda-feira, depois do Pentecostes, as atenções estiveram voltadas para o santuário da Senhora de Vagos, que acolheu a peregrinação anual das gentes de Cantanhede. Cumpriu-se assim a tradição, perpetuada desde o século XII, quando uma seca “persistente e ruinosa” atingiu durante quatro anos uma vasta zona da região de Cantanhede. Na altura, o povo veio ao santuário “implorar chuvas abundantes”, e quando regressou já a chuva invadia os campos ressequidos.
Este ano, ainda houve algumas (poucas) centenas de devotos, que percorreram a pé os cerca de 30 quilómetros que separam as sedes dos dois municípios. Oriundos de Cantanhede e dos restantes lugares da freguesia (Póvoa da Lomba, Lemede, Varziela, Franciscas, Lírios e Tarelhos), partiram de madrugada, tendo chegado a Vagos pelas 10 da manhã. Dirigiram-se ao santuário, em procissão, acompanhada pela cruz paroquial, bandeiras e outras insígnias.

 

Eduardo Jaques

Colaborador do Jornal da Bairrada


Diário de Aveiro


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