Os vendedores do exterior do Mercado de Santiago, em Aveiro, receberam a garantia de que vão poder colocar os seus produtos à venda nos dias 24 e 31, apesar de a autarquia ter decretado o fim da venda naquele espaço.
“O presidente da câmara foi sensível ao nosso apelo para voltarmos a vender nesta quadra de Natal e Ano Novo”, disse à Lusa João Silva e Sousa, responsável pela Comissão de Produtores e Revendedores do Mercado de Santiago.
A decisão foi comunicada durante a reunião que decorreu hoje entre o presidente da câmara, Élio Maia, e os vendedores.
Segundo João Silva e Sousa, as conversações com a autarquia vão continuar no próximo ano, já que os cerca de 100 vendedores que desenvolviam a sua actividade no exterior do Mercado de Santiago estão contra a proibição de venda naquele espaço a partir da próxima quarta-feira.
“Os principais argumentos da câmara para o encerramento do mercado exterior – falta de condições e higiene – não são válidos”, garante o responsável pela Comissão de Produtores e Revendedores do Mercado de Santiago.
Além de terem feito melhoramentos ao nível da apresentação dos produtos, os vendedores realçam que têm cada vez mais clientes. “Isto é um sinal de que as pessoas gostam do nosso produto”, considera João Silva e Sousa.
Os vendedores também não concordam com a solução apresentada pela câmara, que passa pelo seu alojamento nas bancas localizadas no interior do Mercado de Santiago e no Mercado Manuel Firmino.
Recentemente, o executivo liderado pela maioria PSD/CDS-PP foi confrontado, em reunião de câmara, com um abaixo-assinado dos vendedores do interior do mercado a queixarem-se da concorrência desleal dos comerciantes que se encontravam no exterior.
No documento, os operadores que vendem no interior pediam que fosse “proibida a venda no exterior” e que aqueles vendedores fossem alojados “nas bancas vazias no Mercado de Santiago e no Manuel Firmino”.
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