“Que nenhum miúdo entre no mercado de trabalho sem concluir o ensino secundário. O nosso esforço tem de ir no sentido de acelerar a qualificação das nossas gerações.” Foi esta a mensagem deixada, na Palhaça, pelo secretário de Estado adjunto da Indústria e do Desenvolvimento, Fernando Medina. Cem anos depois do 5 de Outubro de 1910, honrou-se o ideal republicano de educação pública, com a inauguração de 100 escolas em todo o país, entre as quais o Centro Escolar da Palhaça. Uma escola considerada pelo membro do Governo como “uma das mais bonitas, senão mesmo a mais bonita das que estão a ser inauguradas”.
Ao serviço da comunidade escolar desde o início do actual ano lectivo, o novo Pólo, fruto de um investimento de 3 milhões de euros, “é, reconhecidamente, um edifício de qualidade, dotado de espaço, conforto, boa orientação solar e luminosidade, com ventilação transversal e boas acessibilidades”. Virtudes que levam o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro a incluir o Centro Escolar da Palhaça, “como o de Oliveira do Bairro, no quadro das melhores escolas do país, não só pela estrutura física e valências de que estão dotadas, mas também pela acção de todos quantos nela trabalham.”
Palavras que, depois das notas entoadas pela Banda Filarmónica da Mamarrosa, fizeram eco em alunos, pais, professores, entidades oficiais e dezenas de populares, que quiseram associar-se a este acto simbólico, num feriado em que foi lembrado e honrado “o ideal republicano de liberdade, cidadania, desenvolvimento, com a escola pública como pilar central”, destacaria ainda o secretário de Estado.
Fernando Medina deixou também a indicação de que o Governo abrirá, muito em breve, uma linha de financiamento para escolas do 2.º e 3.º ciclos. Desta forma, respondia também ao apelo da presidente do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro, que, antes mesmo, havia desejado que “2.º e 3.º ciclos passem também a estar instalados numa escola assim”. Outro pedido faria ainda Júlia Gradeço ao Ministério da Educação, para que tire os docentes do 1.º ciclo do desemprego: “Fico triste quando vejo que há falta de professores do 1.º ciclo e nos dizem que temos de colocar professores de apoio à frente de uma turma – não me peçam isso. Ponham os professores do 1.º ciclo a trabalhar, porque eles bem merecem”, concluiu.
Oriana Pataco
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