A última semana do ano é semana de Plano de Actividades e Orçamento para 2012. Os deputados municipais voltam a debater a situação financeira da autarquia numa sessão em que a redução do passivo promete controvérsia às portas de um novo ano que traz na agenda o início do pagamento do empréstimo financeiro.
Élio Maia aponta para uma redução do passivo nos último trimestre de 3,4 milhões de euros. O deputado do PCP Filipe Guerra não consegue tirar a prova real daquele valor. “Como é possível fazer esta redução se a diferença entre o facturado e o pago é igual. Seria lógico que o valor do pago tivesse aumentado?”, questiona o deputado.
O socialista Raul Martins não vê dificuldade na Câmara de Aveiro em poupar mais de um 1 milhão de euros por mês já que também não faz obra. “Há seis anos que não se põe uma chapada de cimento em nada. As dívidas continuam bem acima dos 150 milhões e o passivo aproxima-se dos 200 milhões. É o rotundo falhanço do saneamento financeiro que era para colocar o passivo de curto prazo a zero”. Com o fim do prazo de carência do empréstimo de 58 milhões a situação financeira ficará ainda mais complicada, avisou o vogal do PS.
Manuel António Coimbra, da bancada do PSD, relevou o esforço da maioria no pagamento de dívidas. “Ainda estamos a dever 151 milhões de euros mas já abatemos muitos milhões de euros e é uma pena que a esta oposição não tenha consciência disto”.
A situação financeira promete continuar na ordem do dia em Aveiro já na quarta-feira, dia 28, com o regresso aos trabalhos. Diário de Aveiro |