A Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro defende a recuperação da ponte do Vouga, em Lamas do Vouga, Águeda, encerrada em meados de Novembro, depois de ruir parte do tabuleiro. Sublinha que a recuperação pode ser justificada “com base em razões históricas e de índole artística”.
“Tanto os romanos como, depois, outros povos assumiram esta passagem estratégica, pelo que também desde tempos antigos a governação portuguesa teve esta preocupação, com construção de vulto, capaz de vencer o leito e as baixas margens do rio”.
A travessia é apontada como sendo da responsabilidade de D. João V, em 1713, tudo leva a crer que se tenha tratado “de uma remodelação profunda e alongamento do que D. João III havia determinado fazer em1529 a Jerónimo Gonçalves, fidalgo-escudeiro a residir em S. Pedro do Sul”.
Esta travessia esteve, durante mais de 200 anos, “em uso indispensável na ligação entre o Norte e o Sul, e sobretudo como serventia constante de muitas dezenas de povoações ribeirinhas”.
Fala do papel tido durante as invasões napoleónicas e nas lutas liberais para pedir “aos responsáveis políticos de todos os serviços que estejam directamente ligados a tal obra, que a recuperem com a dignidade que ela merece, de forma que a ponte continue a cumprir todos os objectivos para que foi construída e, também, se preserve como grande marco histórico da região do Baixo Vouga”. Diário de Aveiro |