A Comissão Executiva da União dos Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN, já na posse dos dados essenciais da adesão à Greve Geral no Distrito, concluiu que "foi claramente superior à greve geral de 2010 e que se confirma como um assinalável êxito e uma magnifica resposta, à ofensiva do patronato e do governo contra os direitos dos trabalhadores".

No sector privado, "verificaram-se níveis de adesão de 100 por cento ou próximo disso, em importantes empresas de diversos sectores industriais do Distrito e designadamente, nas empresas Amorim Cork, Amorim Revestimentos, ICAL e Socori do sector corticeiro; as empresas CALIFA, Huber Tricot e Trecar do sector têxtil; a C.A.C.I.A. (Renault), a Grohe e a FUNFRAP do sector das indústrias transformadoras; a Christian Dietz, Glessmioni e Move-On do sector do calçado.

No sector público, "foram muitas as escolas e os serviços de saúde que encerraram ou que funcionaram apenas com os serviços mínimos".

No poder local, "a MoveAveiro paralizou a 100 por cento e foram dezenas de serviços e Câmaras Municipais que encerraram também a 100 por cento ou próximo dessa percentagem". "O nível de adesão à greve geral tem ainda mais valor, tendo presente que vivemos e trabalhamos num distrito com elevadíssimos níveis de precariedade e de desemprego, de pressão sobre os trabalhadores, de salários baixos, com milhares de pessoas a viver em situação de pobreza", referiu Adelino Nunes à Terra Nova.

"Também a chantagem verificada nalgumas empresas, a intervenção ilegal das forças de segurança visando intimidar e dificultar a acção legítima dos piquetes de greve, não impediram que milhares de trabalhadores se manifestassem contra o roubo dos seus direitos sindicais e laborais e em defesa das funções sociais do Estado", sublinhando que "mais de mil trabalhadores participaram nas Praças de Informação, realizadas em Aveiro, São João da Madeira, Ovar, Santa Maria da Feira e Águeda".