PARTIDOS POLÍTICOS COM ASSENTO NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE AVEIRO DEBATEM AS RAZÕES DA GREVE GERAL NA TERRA NOVA.

Os Partidos Políticos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro admitem que a greve é um momento de protesto. Filipe Guerra do PCP, diz que este é o momento de dar uma resposta às medidas de austeridade impostas por uma gestão externa. "Este é um momento decisivo para Portugal, perante o saque a que o nosso povo está sujeito por força das medidas da Troika, as pessoas são roubadas e ficam mais pobres num País que se afunda e acredito que não há nenhum patriota que não esteja preocupado com a situação".

Para João Dias, do BE, o momento é histórico devido a uma ofensiva sem precedentes sobre os trabalhadores que não poupa os sectores público e privado. "A agressão é histórica e a regressão nos direitos dos trabalhadores é imensa e inacreditável já para não dizer incrível, temos um Governo que se imiscui no sector privado, então como é isto", questionou.

Jorge Greno, do PP, reconhece legitimidade no protesto mas diz que "o País ainda não percebeu que tem de pagar dinheiro e compromissos assumidos".

Eduardo Feio, do PS, sublinhou que a Greve não está apenas ligada ao memorando da troika mas também aos modelos de desenvolvimento. "Esta greve não é só pela questão do trabalho, está relacionada com um conjunto de questões relacionadas com esta maioria de direita que tem uma agenda neo-liberal com a qual o PS não se sente confortável", disse.

Manuel Pior, do PSD, admite que os cortes não acontecem de forma cega. Acontecem porque há dívidas a pagar. "A greve será grande porque o momento é de muitos cortes que são fundamentados nos compromissos financeiros assumidos pelo País com o exterior". A análise aos motivos da Greve Geral na última edição do programa “Canal Central” da Terra Nova.


Diário de Aveiro


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