DEFESA DE ARMANDO VARA DIZ QUE HÁ DESIGUALDADE DE ARMAS POR CAUSA DE ACESSO A ESCUTAS.

As escutas envolvendo Armando Vara no processo Face Oculta motivaram os primeiros recursos no tribunal de Aveiro. Isto depois do juiz presidente manter a reprodução de conversas, a pedido do MP, que não estavam na acusação, em que o ex-ministro intercede pelo antigo presidente da CP, ameaçado de demissão, e envia um sms ao então Primeiro-Ministro José Sócrates em seu socorro. Ficaria assim, mais evidente, a capacidade de influência política do arguido.

O advogado de Armando Vara vai recorrer para a Relação invocando a nulidade das escutas, atendendo a que não é possível à defesa aceder ao conjunto das intercepções, já que o presidente do Supremo Tribunal de Justiça mando-o apagar as conversas com o PM. Tiago Rodrigues pede as mesmas armas para defesa e acusação. “A acusação pode requerer a junção de determinados meios de prova e a defesa não pode aceder a tudo o que foi colhido para se poder defender. Isto é uma desigualdade”.

O juiz presidente voltaria a afastar as escutas com José Sócrates, devido a recurso pendente no TC, interposto pelo advogado Ricardo Sá Fernandes, que defende Paulo Penedos, para negar o pedido feito no tribunal de Aveiro, pelo advogado João Foque, a defender um quadro da REFER, que pretendia divulgado o teor do ao SMS que Vara terá enviado ao PM para segurar o presidente da CP.

O julgamento, ainda sem data para se ouvirem as escutas de Aramando Vara,  continua agendado para amanhã, apesar de ninguém saber se o tribunal irá abrir em dia de greve geral.


Diário de Aveiro


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