A Associação de Produtores e Marnotos da Ria de Aveiro pede uma estratégia para o salgado de Aveiro. Estrela Esteves aproveitou, ontem, a apresentação do projecto “Sal Tradicional. Rota do Atlântico” para levantar a questão. Diz que só com uma estratégia bem delineada e investimento público no arranque será possível dinamizar o sector. “Acho bem que se criem zonas de informação histórica e se faça a certificação mas tem que se pensar no salgado na globalidade. Aveiro tem potencial porque tem salgado dentro da cidade. E a cidade está no salgado. Mais ninguém tem isto. Tem que haver muito investimento privado mas primeiro tem que haver investimento público a dizer que a protecção do salgado é feita desta maneira”, desafia Estrela Esteves.
Universidade de Aveiro e os Municípios de Aveiro, Figueira da Foz e de Rio Maior procuram promover uma discussão em torno da criação de uma rota turística pelas salinas tradicionais do arco atlântico.
Maria da Luz Nolasco concorda e diz que esse esforço já está a ser feito. Lembra que o sal português é uma marca distintiva e que pode servir novas áreas como a hotelaria em produtos de saúde e bem-estar. “Compete-nos valorizar ao nível do turismo cultural, anexando fundos que possam proteger o sal a nível da sua creditação, das embalagens, de venda mais requintada, talvez para um tipo de público mais exigente do ponto de vista da saúde, em spas e hotéis. Ter um leque de sucedâneos de sal e que podem valorizar este elemento”, adianta Maria da Luz Nolasco. Diário de Aveiro |