MEDIADOR MUNICIPAL FAZ BALANÇO POSITIVO DE PROJECTO JUNTO DA COMUNIDADE CIGANA.

Está a terminar o projecto piloto junto da comunidade cigana de Aveiro que permitiu instalar a figura do mediador municipal. A iniciativa arrancou há 3 anos. Aveiro tornou-se, assim, dos poucos concelhos onde existe um interlocutor para acompanhar, mais de perto, as famílias, ajudando a resolver os seus problemas.

A escolarização é das maiores preocupações de João Seabra, que exerce a tarefa de mediador numa comunidade onde tem também as suas raízes. “Ao início era difícil porque eles não me viam como alguém da própria etnia. As comunidade são muito heterogéneas e não me identificavam. Quando ganharam confiança as coisas tornaram-se fáceis. Com a abertura de mentalidades tudo ficou mais fácil e eles entendem que na educação dos mais jovens está o futuro. É nisso que têm apostado”, explica o mediador.

A coordenadora do projecto, Marisa Parada, destaca a alteração de hábitos que permitiram levar meninos ciganos para as escolas. “Ter crianças de etnia no jardim de infância é positivo, mas ter jovens no 8º ano também é positivo. Já não é o Rendimento de Inserção o principal motivo para as crianças irem para à escola. Já perceberam que a escolaridade é importante para se defenderem e integrarem na sociedade”.

Há 46 famílias ciganas, com 207 pessoas, em Aveiro. Quase cem têm menos de 18 anos.

São Bernardo, num total de cinco famílias e Ervideiros, que conta com 31 famílias, são os principais núcleos.


Diário de Aveiro


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